Mobilização “Desmascarando Tarcísio” reúne oposição na ALESP e lança manifesto contra o governador

Partidos de esquerda criticam privatizações, retrocessos e ausência de gestão no governo Tarcísio de Freitas durante ato com participação de Kiko Celeguim

Na última quinta-feira (9), foi realizado o ato “Desmascarando Tarcísio — SP Merece Mais”, na Alesp, convocado por partidos da oposição, movimentos sociais e centrais sindicais para denunciar os efeitos da privatização da Sabesp e outras medidas do governo estadual.

 O ato foi convocado por PCdoB, PSB, PSOL, PT, PV e Rede, que aproveitaram a mobilização para lançar um manifesto com os “5 fatos que denunciam Tarcísio”, no qual o governador é acusado de ser um “bolsonarista radical”, “oportunista sem palavra”, “gestor de fachada” e “inimigo da soberania nacional”.

O documento alerta para retrocessos que colocam os paulistas em situação de vulnerabilidade, citando a “disparada da violência”, o “caos no transporte público”, o “sucateamento das escolas estaduais” e as “privatizações com perdas financeiras para o estado”, além da “instalação e imposição de novos pedágios”. Com o ato e o manifesto, os partidos pretendem iniciar uma campanha permanente de denúncias contra a administração Tarcísio.

Entre os participantes da mesa de convidados estiveram o deputado federal Kiko Celeguim, presidente estadual do PT, e os deputados estaduais Caio França e Donato. Durante sua fala, Kiko destacou a necessidade de união das forças progressistas para enfrentar os impactos das políticas do governo. “É preciso mostrar o que está acontecendo de fato em São Paulo: a população está pagando mais caro por serviços piores, enquanto o Estado se enfraquece e o interesse público é colocado em segundo plano”, disse.

O manifesto também lembrou que Tarcísio relativizou o tarifaço imposto por Donald Trump às exportações brasileiras e que “abandonou o governo de São Paulo durante dias para ir a Brasília fazer lobby pela aprovação de anistia aos golpistas”. A mobilização, segundo os organizadores, marca o início de uma agenda conjunta de resistência e denúncia, com foco em defender os serviços públicos, a democracia e os direitos dos paulistas.