Fim da operação 710 da CPTM prejudica milhares de trabalhadores
- Equipe Kiko

- 3 de set.
- 2 min de leitura
Decisão do governo Tarcísio, atrelada à privatização da Linha 7-Rubi, elimina serviço direto entre Rio Grande da Serra e Jundiaí e aumenta a dificuldade no transporte público

O governo Tarcísio dá mais um golpe no trabalhador paulista. A CPTM confirmou o fim do Serviço 710, que conectava Rio Grande da Serra a Jundiaí sem baldeação, afetando diretamente quem mora em cidades como Franco da Rocha, Caieiras, Francisco Morato e outras da região metropolitana.
Desde 2021 esse serviço proporcionava uma viagem mais rápida e direta, sem troca de trem. Agora, os usuários serão forçados a desembarcar na Estação Barra Funda, acumulando mais espera, mais lotação e mais desconforto, uma transformação do que antes era simples e prático em uma verdadeira “tortura diária”.
Em 2024, o mandato do deputado Kiko já havia encaminhado uma ação ao Ministério Público para tentar impedir essa medida extrema do governo estadual, ainda associada ao pacote de privatização da Linha 7-Rubi. Hoje, diante da confirmação do fim do serviço, o mandato estuda novas estratégias, jurídicas, institucionais e mobilizatórias, para buscar a reversão da decisão e garantir o direito dos trabalhadores ao transporte digno.
A justificativa oficial para essa mudança está diretamente relacionada à privatização da Linha 7-Rubi, que foi incluída dentro do projeto Trem Intercidades (TIC). O leilão ocorrido em 29 de fevereiro de 2024 tirou o ramal da administração pública e o entregou à iniciativa privada, com a alegação de que o projeto TIC traria investimentos, modernização e impulsionaria a infraestrutura ferroviária.
No entanto, essa "modernização" agora se traduz em menos conforto e mais dificuldades para os usuários. O fim do Serviço 710 significa que milhares de trabalhadores perderam uma opção mais eficiente de deslocamento, e tudo isso em nome de lucros para o setor privado.
“O fim da operação 710 é um ataque direto ao trabalhador. O que era uma viagem direta virou uma via-crúcis diária. Não aceitaremos que o povo seja tratado como descartável em nome do lucro de concessionárias. Vamos continuar na luta para reverter esse absurdo”, afirmou o deputado Kiko.
O mandato reforça que essa não é apenas uma questão de transporte, mas de respeito. O direito de ir e vir com dignidade não pode ser sacrificado em benefício de poucos.






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